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Editorial

Estamos nos aproximando do final de 2022, foi um ano diferenciado em todos os aspectos, no início estávamos ainda sob efeito da pandemia, mas com a vacinação trazendo efeitos práticos, índices de mortalidade, contaminação e internações recuando e a possibilidade da vida voltar ao normal já era visível. As negociações coletivas foram difíceis, o governo não reajustou o piso mínimo regional, o governo federal reajustou o mínimo nacional abaixo da inflação e o INPC de dois dígitos nos desafiou a ter que parcelar. Claro que a inflação real sobre os alimentos corroeu o poder aquisitivo dos salários nos últimos dois anos, é inegável que a moeda nacional perdeu força, não compra nem a metade dos itens essenciais que comprava. Tivemos um processo eleitoral muito difícil, com muitos ataques às urnas, com muitas mentiras espalhadas pelas redes sociais, com a candidatura da situação usando e abusando do poder político e econômico, numa afronta direta da democracia, aprovou medidas emergenciais furando teto de gastos, acabando com o orçamento e transferindo para o próximo presidente um desafio de reconstruir um orçamento para honrar compromissos sociais. Na categoria dos profissionais da saúde, finalmente conseguimos aprovar o Piso Nacional da enfermagem, após muita negociação, redução do valor e retirada do limite de jornada, porém, devido a dificuldade do Congresso Nacional em definir os recursos e a irresponsabilidade do Presidente da República ainda em exercício, que também não definiu. Ao mesmo tempo, a entidade patronal dos hospitais privados, ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal – STF e o Ministro Luís Barroso com apoio de todos os demais Ministros votaram a favor da suspensão da lei por tempo indeterminado, sob a justificativa da falta de definição do custeio. A expectativa é que até o final deste ano ou no primeiro trimestre de 2023, exista uma definição de valores de custeio e a suspensão do piso seja derrubada, ficando a cargo dos sindicatos e da justiça, cobrar que a lei seja cumprida. Com relação à questão da política de saúde geral, a campanha não apresentou novidades, nenhum candidato eleito ou derrotado falou contra as emendas parlamentares e mudança na forma de financiamento do SUS, portanto vamos continuar lutando contra um gigante que são as crises cíclicas do setor e assim, ainda teremos com certeza atrasos de salários e falta de reajustes em algumas localidades, parte delas com grande intensidade. Nosso desejo é de que possamos ter um final de ano, com poucos ou nenhum atraso de 13º salário, que para o ano de 2023 o governo do estado proponha reajuste para o Piso Regional, que o governo LULA consiga equalizar o orçamento às necessidades e que o BRASIL retome o caminho do respeito interno e externo, com respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente com desenvolvimento econômico e social, trazendo justiça aos mais necessitados, que a grande tarefa de acabar com a fome seja alcançada e a Democracia seja suprema. Bom final de 2022 e que venha 2023 com esperança renovada.